Ciclos do desejo

Um rio obscuro há em mim. Nos ciclos áridos, transborda e alaga as margens. Deixa as pernas trêmulas, os braços oscilantes, o olhar nublado desbotando a malícia escondida no horizonte. Em outros ciclos, o córrego voraz suga o que há em mim e me obriga a correr em direção a foz para não morrer da sede de meus desejos...

Helena Sut
Enviado por Helena Sut em 24/02/2006
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