Ciclos do desejo
Um rio obscuro há em mim. Nos ciclos áridos, transborda e alaga as margens. Deixa as pernas trêmulas, os braços oscilantes, o olhar nublado desbotando a malícia escondida no horizonte. Em outros ciclos, o córrego voraz suga o que há em mim e me obriga a correr em direção a foz para não morrer da sede de meus desejos...