Quero encontrar uma Razão

Estou me sentindo tão triste

Estou me sentindo tão só

Porque me perseguiste

Oh! Dor que uma dia senti

E hoje volta a surgir dentro de mim

De uma maneira diferente

Que ninguém mais sente

E surge pior talvez

O que estou a sentir um estrago dentro de mim fez

Sei que estou perdida

Quero me encontrar nesta vida

Ouço barulhos, vozes

Quando na verdade queria ouvir o silêncio

O meu

Por que palavras da minha boca não conseguem sair

Apenas lágrimas dos meus olhos começam a cair

O motivo dentro de mim esta guardado

É o meu coração que esta embaraçado

Aos poucos ele vai dilacerando

E marcas pelo caminho deixando

Na minha mente vêm lembranças do passado

Mas quero ajustar o meu presente

E não quero nem pensar no futuro

Me chamam de criança

E aos poucos vão me tirando a esperança

Do meu coração quebrado eu poder montar

Como um jogo de quebra-cabeças desvendar

Mas estão arrancando as peças da minha mão

E substituindo pela solidão

Posso até ser criança, mas com os sentimentos eu não brinco não!!!

Me acham sensível demais

O que posso fazer?!

Morrer e voltar a nascer, para quem sabe diferente ser?!

Vou tentar me controlar, isso poderá resolver

Me disseram que sou especial

Mas especial não estou gostando de ser

É isso mesmo, no momento não estou me aceitando

Nem estão me aceitando

E dos meus sentimentos não estou gostando

Às vezes quero mudar

Estou trancada em uma quarto e não é o suficiente para me isolar

Quero fugir dessa tristeza que em mim começa a penetrar

Me tortura, me deixa muda e chega a me cegar

Estou presa em uma rede

Não acredito que conseguiram me fisgar

Me pergunto

Onde poderia me refugiar?!

Nos braços do Senhor...

Me disseram que não devo deixar a dor dentro de mim entrar

Então que me ensinem com que armas devo lutar

Porque forças não encontro, para esta batalha ganhar

Apesar de tudo não vou me entregar

Tenho vontade de vencer

Porém não tenho mais condições de sofrer

E com isso posso correr o risco de aos poucos começarem a perceber

Vai ser inevitável continuar a esconder

Mas a guerra não pretendo perder

Há momentos, situações em que estou

De corpo presente e alma ausente

Sempre fui sincera com tudo e com todos

Agora estou a falhar, exatamente comigo

Não desejo a ninguém o que estou sentindo

Me julgam sentimental

Não sabem eles que ser assim às vezes me faz mal

Há momentos que eu queria que essa Rafhaela

Se tornasse uma nova pessoa

Mas me pergunto

Como seria ela?!

Não quero ocupar o tempo das pessoas

Com minhas bobagens, meus sentimentalismos,

Com minhas atitudes infantis, dramas, etc.

Sei que outros nomes vão dar

Sei que tenho defeitos e reconheço

Que são maiores que as minhas qualidades

Vou me calar

Vou me afastar, pois não quero ninguém prejudicar.

Não sei se vou conseguir

Não sei como agir

Não quero que ninguém seja ou se sinta forçado

A me dá atenção, não quero caridade

Quero apenas chegar à felicidade

Amo muitos e acho que poucos me amam

Amo muito e acho que esses poucos, pouco me amam

Normal, apenas que não demonstrem

Seus desprazeres em me ter presente

Acho que vou criar meu mundo de ilusão

Mas sei que não se deve viver assim

Pois não se tem emoção

Não quero mais ser um tédio para aqueles que me rodeiam

Podem me criticar, me odiar, tentar me ajudar

Vou ser assim agora

Acho que chegou a hora

Vou amar calada

Sem demonstrar

Pois nem sempre sei me expressar

E acho que um sentimento meu, umas atitudes

Que tento tomar não é recíproco

Então não quero me machucar

Bem que quiseram me entender

Mas eu não soube me explicar

Nem mesmo soube dizer

Prefiro não me lembrar

E por aqui mesmo acabar.

(29/03/2003)

Rafhaela de Andrade
Enviado por Rafhaela de Andrade em 31/08/2008
Código do texto: T1154999
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