Ultimo ponto de um poema

Musica agradável, romântica, escolhida a dedo pelo garçom amigo no intuito de ajudar meus pensamentos, musicas românticas de um pagodeiro e um refrigerante geladinho em um lugar escondido ou simplesmente reservado. O amigo sabe que não bebo percebes que estou só, a espera de alguém que certamente és especial.

Meus pensamentos voam longe, mil coisas a dizer sem saber como falar, já tinha feito algo que nunca imaginei fazer, só para estar antes dela no lugar marcado, do contrário cavalheirismo não seria. Lá segundos se tornam horas, horas se tornam séculos, meu celebro torna-se uma máquina de pensamentos em rotações por segundos.

Presente, passado, futuro, desejo, sonho, tudo misto em um só lugar, em meu corpo o qual bate um sofredor, inquieto, querendo mostrar-se, precisando ser aliviado, sentir outro coração a bater no mesmo compasso, peito a peito.

Sua chegada foi como os primeiros raios do dia, que mostram a suavidade do sol, com todo o seu brilho, com toda sua luz, com todo seu calor, com toda sua majestade e simplicidade. Um minuto atrasada.

Iniciamos nossa conversa que não poderia ser em outro dia, minutos se passaram, perdido fico sem saber quantas vezes quis ter seus lábios nos meus. Porém, não cabia a minha pessoa dar o primeiro passo.

Contentei-me por um tempo em mergulhar em seus olhos, que me fazem sonhar, voar aos mais distantes dos cosmos, cobiçando o gosto do beijo que parece pairar em minha boca.

Com sua licença, um minuto, digo que vou ao banheiro, ganhando um sorriso e um sim, olhando, com medo de sua fulga, um minuto apenas e mais nada. Saio e nem chego lá, te ligo e retorno em passos curtos.

Não sabia como dizer, então apenas disse que tinha momentos em nossas vidas, que as palavras fogem e a razão desnorteia-se, tudo é um abismo para se mergulhar, tudo é resumido a quem está em nossa frente, que as vontades de nossos sentidos não se fazem adestradas, e sim desrespeitosas, só querem colher tudo para si, em uma egocentria de ter a pessoa como um referencial, um objetivo.

Somos parte de um instante errado ou que certo estamos, somos, que nos dissolvem em sensações novas. Não agüentava mais em estar na sua frente e conter minhas loucas vontades de lhe beijar. novamente em sua frente, mergulhando em seus olhos, sinto a imensa atração que sua boca lançava-me.

Da minha boca saia palavras de poema nunca recitados, feitos ali mesmo, você como musa inspiradora fazia brotar as mais intimas letras que a muito tempo escondidas não se mostravam, não se faziam presente, e que diferentemente de antes, se jogam sem ao menos medir a altura.

Não a beijei, sentei novamente ao seu lado, não sentia-me o dono do primeiro passo, novamente conversamos desta vez bem mais próximos, em corpos, em olhares. Depois de um silêncio, que como penso, é o principio de tudo. Você linda morena, inclinou seu corpo e fechando os olhos cedeu-me a boca, em um harmonioso beijo, o qual começamos uma caminha sem retorno.

Não me contive mais, apenas olhar para seu rosto lindo, para seu corpo belo formuroso que queima meu intimo, que lhe traz ao mundo entre meus braços, entre meus pensamentos, de distanciar minhas mão dos teus cabelos negros, olho a olho, expressões e sorrisos simples, boca a boca. Nos encontrávamos em um correr do tempo à espera de uma saída, nos colocamos feitos amantes no tempo perdido.

Como não lembrar detalhadamente de tudo isso, como não sentir você em mim, como não ter o seu cheiro em meu corpo, em minha mente o desejo, um replay, um retorno a esse mundo de saudades, ao impacto profundo de dois lábios.

Mundo meu, teu ou nosso, não importa, hoje apenas lembro de você como uma linda mulher muito bem acompanhada de sentimentos eloqüentes, de pensamentos presentes, de vontades, de desejos, de afetividade, de tantas outras qualidade, que não me pertencem, que fogem de minhas mão e apenas estão nas minhas lembranças reservadas, e nos meus segredos mais profundos.

Despedias, várias, retorno, um talvez quem sabe nunca, amanhã dor, arrependimento, sorrisos estampados ao vento, misto de culpa com uma saciedade insaciável.

Momentos mágicos muitos vivem, mas poucos sabem como guarda-los nos mais íntimos de seus pensamentos. Eu sou um deles, tenho a necessidade de falar o quanto gostei e gosto você, não somente de tu bela mulher com “M”, mas a quem quiser escutar, a quem quiser saber o que é o sentimento de estar-se preso as vontades do inconsciente, da atração, da cobiça, dos feitos e desfeitos do desejo, do amor, das paixões, das loucuras que fazemos e que se fazem mágicas.

A companhia é que faz despertar o desejo de quem espera ser cortejada não pelo simples caso ou acaso da necessidade de ser relacionar corpo a corpo. O mas de um gostoso beijo obviamente é dado a dois. Porém, tem que ser muito mais que isso, tem que ser dois amante a moda antiga, entregues gratuitamente um ao outro, indo muito alem dos tempos, dos momentos, dos sentimentos, em uma entrelaçada loucura, em uma outra dimensão.

Espero por você, mulher com “M” que faz incompleto. Se não entende isso, me faço uma pergunta sem resposta. Por onde andei tanto sem destino com a solidão mal roubada?

Em uma frase resumo minhas palavras e meus pensamentos. “Nada se acaba sem um fim”. E se queres ter o ponto final, terá que encontrar comigo novamente, em meu mundo mágico, em nosso.

Se o medo lhe toca, és o sinal de que sempre terá em teus olhos a me ver uma reticência, o desejo, o gosto do meus beijos na tua, o cheiro do meus corpo no teu corpo, eu nos teus pensamentos.

Sempre estou onde você sabe como me encontrar. Uma noite, uma madrugada, é o que quero para lhe mostrar como lhe completar, e lhe dar o ultimo ponto do poema que lhe falta recitar.