Meia Lua

Como é bom acreditar em algo... Dizer o dito... Ficcionar o não dito.
Nas veredas da vida, o embate... Um disparate.
Correr moinhos, em lança... Pança... Em espera mança...

Cair na loucura... Das novelas, sem igual.
Soar feito sino, palavras doces à donzela em face escarlate... Verdade!

Um louco... Insano jeito de procriar esperanças... Tantas... Tantas...
Que armadura vira pó...  E nas mãos do poeta, vira couro... Vira touro... Vira hino... de crianças.

Um louco amor em brisa... Que faz desnuda alma à poetisa...
Que grave, em som se lança... Nas armadilhas do destino...
Um tropeço na História... Serve Antes, ao idolatrar das andanças... Sancho...
Que por ventura, cria... Acalenta à criatura.

Vira o mundo... Cavalheiro andante... Faz da donzela... Zelo em punho...
Como é bom acreditar em algo... Dizer o dito... Ficcionar o louco...
Sábio viajante... A meia lua mora em teu riso...
Nas palavras gritos... Errantes?... Não!... Fugir são... Inigualável!


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