O esporte e a sociedade
As regras institucionais desportivas ditam nas entrelinhas a baliza previsível: vence quem tem poder, tem poder que tem capital. Para as regras também existem exceções, justificativa dissimulada da lei.
A sociedade segue neste trilho. A rústica corrida eleitoral pontua cestas na urna, uma regra que registra a chegada do vulto. O corpo segue no umbral da alma a espera de um encontro. Às vezes acho que corpo e alma não se distinguem um do outro, talvez, duas ilusões de um ponto encoberto pela névoa do coletivo institucional.
O atleta candidato faz o ritmo da ginástica, na antemão de um circulo vicioso, onde os mais espertos sabem o resultado e os incautos servem de alegoria para cumprir o regulamento e seguir com a tragédia.
Sei que corro na rua todos os dias comigo mesmo. Às vezes me encontro, outras não. Sinto que vou passando e deixando pegadas, mas às vezes volto e apago, não quero que me sigam. Vou comigo.