Intróito Insólito
Quero mesmo é andar descalça na estrada de asfalto com coração à molde...
A cada segundo, a cada gesto: é você o alvo, o alvo...
E por mais que a vida pense em alocar-se, em foco: o escopo.
Tudo mais me vem a mente, inocente: sente!
E se eu for me preocupar com o que os outros pensam de mim,
ação, omissão, murmúrio...
Vegeto!
Nesta estrada infinita.
Acredito que inexista o culme último, plantamos a semente, regamos a raiz exposta ao sol no fim de tarde...
Onde mora a minha verdade, minha crença, minha arte?!
Eis o nascer da eterna fortaleza de onde renovo-me em imensa luz, mansa e calma, e assim descanso.
Inspiro o profundo ar solitário
e me afogo em quimeras...
O que eu quero mesmo é andar descalça na estrada de asfalto sem coração à molde...
Como se não tivesse nenhuma lição a aprender.