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AMANHÃ...QUEM SABE!

 

Na auge de minha angústia

Vejo o estrago que se fez em mim

Por amar-te, demasiadamente.

E essa tua ausência,

Esmaecida em minhas lágrimas...

Perde-se em meu desencanto

Contrapondo-se ao meu canto

Dos versos, na ambivalência!

 

Não podes tardar, tenho pressa

De ver-te bater à porta

De meu quarto e, quase morta

Não pronuncio teu nome...

Que de amor, tenho fome

De atirar-me aos teus pés

E jogar-me em teus braços

Pela paixão que me consome!

 

Esse amor que enlouquece

E nubla os meus sentidos

Em total sofreguidão,

Transformando a minha razão

Em um pacto corrompido

Faz-me para longe voar...

Quando ( se) a paixão esfriar

Eu voltarei a te encontrar!

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