Ando Sozinha

Percorri veredas...

Nelas continham flores ou espinhos...

Pisando num chão livre, às vezes sem caminhos, e

sem escolhas onde pisar.

Meus pés andam ou voam...

Quem conduz os pés, os olhos ou o cérebro?

Se me desanda o pensamento,

retesam os calcanhares.

Desassossegos me fazem errar os caminhos

por onde andar

A escolha de andar na solidão me dar prazer...

As individualidades não é egoísmo...

interpretam-se meras qualidades,

de natureza humana.

Sinto prazer em está, não ficar na solidão.

Estando nela, organizo o meu pensar...

Quero mais tempo só.

Sem compartilhar idéias... Fica fácil me inspirar.

Na infância já cedia ao desejo de isolamento

e assim me comportava.

Igualmente a muitas outras coisas que me

aconteciam.

Diante à minha tão pouca significância,

o mundo não se importava.

Não comparo a nada o meu momento de dormir...

Dou prazer...

Recebo prazer...

quando acaba tudo isso que adoro! Me isolo...

Enquanto todos dormem...

Em solidão plena...

É ali que sinto o maior prazer de viver.