PAZ
Sinto-me em paz...
Reavalio meu coração,
estou em paz!
...
Não! Não é verdade!
Ao passar pelas ruas
parar nos faróis
andar por alguns bairros
ou mesmo passear no centro da cidade
sinto uma forte inquietação
que me move
me comove
me dissolve.
Chego em casa
sinto-me regozijada ao ver as três árvores plantadas na calçada
e duas no meu pequeno jardim
... no galho de uma das árvores repousa um sabiá-laranjeira
símbolo da nação brasileira
pássaro sem fronteiras
da zona rural à zona urbana
voa, voa, voa e canta
preenche os nichos existenciais
ah...sabiá traga-nos sementes de paz.
Nós homens não sabemos mais o que é paz
Brigas, discussões, guerras, destruições, matanças, misérias, doenças,
fome...é fome...
gente morre de fome...no século XXI.
Com tantos recursos criados pelo próprio homem
se auto-destrói
destrói seu irmão
planta destruição de um canto a outro
Queimadas
revolta dos mares que invadem as cidades
seca ou excesso d’água
tudo demais ou de menos faz mal ao homem
...não se conscientiza
que a mudança depende dele.
A mudança só depende de cada um de nós!
Tristeza, raiva, infelicidade, dependência psicológica...
contagiam como as chamas do vulcão
o coração
devassidão
O ser humano necessita de paz para viver em paz!
Cada um poderá cooperar de acordo com as suas possibilidades
tendo como ponto central a paz
na comunidade virtual,
na sociedade real...
a humanidade precisa de paz
para que a espécie humana continue a vida
Ouço Beethoven e observo Van Gogh
Sanidade e loucura misturam-se
numa provocação constante
para sairmos da mesmice
e nos embebedarmos um pouquinho
com os desejos de Fernão Capelo Gaivota
e, assim nos permitirmos sonhar com a PAZ
e, assim nos permitirmos ir além
lutar em paz pela PAZ
9 de julho de 2008
www.vaniadecastro.com.br