O Escarpan
O Escarpan
Desço pelas ladeiras do dia
As escarpas aguardam à frente
O fiel que acompanha meus escudos regozija
Em meio ao suor dos pés
Ele sucumbe ao licor feminino
de dias e noites sem fim
Dias em que nada me resta
A não ser a pontas rijas
Terminações cansadas do sapato febril
Reluzente e fosco
As escarpas sorriem
Mas o olhar sucumbe aos dias herméticos
És tu arauto nas missões pelas selvas
Pelos arranha-céus, passeia
Num dia sob a permissão grácil
Aceso e iluminado por Ártemis
És vitalidade cega e punjança errática
Natureza liberta
Apontando as sabedorias exaustas
E para a razão dos heróis