O ENCONTRO

 

Enquanto seus olhos pareciam dançar uma valsa com o vento que entrava pelas frestas da janela, os meus roubavam o brilho das estrelas para iluminar nossos corpos.  Sorvi lentamente toda alegria que jorrava de seu corpo.

Quando sua saudade beijou o meu desejo senti que meu corpo flutuava e me deixei conduzir pela música cantada pela harmonia de nossos corpos. Suas mãos deslizavam suaves percorrendo cada curva, como se quisesse gravar para sempre a imagem de meu ser na ponta de seus dedos. Deixei-me desenhar.

Sua boca queria mais. Meu corpo prometia-se em suaves gotas de cristais que brotavam da pele excitada, incendiada pelo toque de seus lábios, tão suaves como as pétalas que serviam de lençol para nossos corpos.

Nunca o amor foi tão bonito como naquele momento. Nunca nos entregamos com tanta cumplicidade. Não éramos um homem e uma mulher apaixonados, vivendo um momento de amor. Éramos o encontro de todas as histórias de amor vividas no mesmo espaço, pelos mesmos corpos; a síntese de todos os amores sonhados e não vividos, o encontro de todos os amantes que se perderam no tempo. A sinopse de todas as paixões sonhadas em silêncio. Em nome de todos eles fizemos um amor mágico e sublime.

Conscientes de que momentos assim não se repetem todos os dias, nos despedimos com uma chuva fina de saudade banhando os nossos olhos, mas na certeza que nos reencontraremos. Que nossa história sempre será (re) vivida em cada toque, cada silêncio, cada reencontro. 


* Imagem pesquisada no Google.

Ângela M Rodrigues O P Gurgel
Enviado por Ângela M Rodrigues O P Gurgel em 15/08/2008
Código do texto: T1129241
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