Fujam... O barco vai afundar

Vistes!

A ausência de todos, no doído golpe da tua

separação?

Não havia sequer, um ser presente,

ao leito onde sofria...

Sozinhos...

Morria tu e o teu coração.

Vistes!

Naquele vão...

Onde antes davas festas...

Muitos sorriam, bebiam, dançavam, cantavam

E se divertiam?

Hoje nenhum manifesto...

Apenas sombra de lembrança, sem esperança,

dos que te fizeram companhia,

naqueles dias de plena felicidade.

Diz o ditado...

Quando o barco começa afundar,

Os ratos têm que se salvar.

Ninguém chega ninguém quer a tua presença.

Antes muitos gozos...

Hoje, goza só clemência.

A noite te veste de negro...

Foge do espelho...

Banha-te de lágrimas...

No leito te envolve do duro castigo do frio,

e dos pesadelos sombrios.

Vistes!

Está completamente isolada na tua solidão.

Mas tente!

O amor próprio, te anestesia...

ao fracasso não alimente!

A agonia dessa noite te atormenta...

Mas amanhã é um novo dia.