Quarto de poeira

Os azulejos frios e empoeirados do teu quarto

sem janelas acolhem a poeira ácida das palavras

proferidas do antes, conversas infindáveis do espírito

Os assertivos devaneios de um peito ululante

Afasta-me das ligeirezas do espírito, do escárnio da carne

Estreitos e reféns da veemência de compreender mundo , me calo

Sob a tempestade e os sentimentos-limite, me apequeno

E para que se abra o peito e se entregue à vontade de ser total

Que não se despreze o irrefutável, o natural, o fatídico

E encharque de luz da sabedoria de criança curiosa

Exposta, entregue, corajosa, inteira

MJ Minos
Enviado por MJ Minos em 13/08/2008
Reeditado em 29/04/2009
Código do texto: T1125963
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