MENINA MULHER
Evaldo da Veiga
Foi bem diferente e gostoso o encontro.
Percebi logo, que abrigava em si,
uma incrível multiplicidade de seres.
Percebi ainda, que ela tinha uma certa experiência
e já passara por diversos caminhos:
algumas vezes agredida, noutras agressora.
A despeito de ataques e defesas,
persistia na busca do gozo verdadeiro,
vindo através do carinho,
dedicação e amor.
Assim, agia com brandura, ferocidade e insolência.
Quando podia era atenciosa e sutil nas observações,
sob influência de seu faro felino e inteligente.
Soava de si um certo tom implacável quando insatisfeita.
Terna e meiga quando se sentia compreendida,
e sorria em seu jeitinho de criança esperançosa.
Muitas vezes a vi indócil na tarefa difícil
de harmonizar seus seres,
e considerava notável seus esforços de
se manter menina-crente em seu corpo adulto.
Numa única mulher, um conjunto de seres,
muitas vezes muito estranhos entre si.
Mas se era o gozo que chamava, os seres se harmonizavam
em consonância com a delícia e o belo.
No ato de buscar ela envolvia espera e fazer :
esperava na tolerância do lado feliz,
e fazia qualquer coisa feia quando triste e amargurada.
Seus ataques sempre visavam uma defesa,
que podia ser de si ou de outrem.
Por si, se satisfeita, não atacava jamais:
era um bichinho manso, inteligente e carinhoso.
No geral, o que percebi no primeiro encontro,
é que estava diante de uma Loba faminta,
agressiva por excelência, às vezes...
Mas em sua multiplicidade, logo se manifestava
aquele jeitinho doce, num joguinho lindo
de transmudação.
E chegava à paz que me permitia sentir o seu cheiro
forte de mulher sincera no cio, dispondo-me
sua carne suave, em um ânimo angelical e vadio.
Por derradeiro, percebi estar perante um misto lindo,
de Santa e Profana,
Assim como Maria Madalena, protegidas em suas Áureas de
DECÊNCIA ELOQUENTE,
alguma vez alegres, muitas vezes tristes.
evaldodaveiga@yahoo.com.br
Evaldo da Veiga
Foi bem diferente e gostoso o encontro.
Percebi logo, que abrigava em si,
uma incrível multiplicidade de seres.
Percebi ainda, que ela tinha uma certa experiência
e já passara por diversos caminhos:
algumas vezes agredida, noutras agressora.
A despeito de ataques e defesas,
persistia na busca do gozo verdadeiro,
vindo através do carinho,
dedicação e amor.
Assim, agia com brandura, ferocidade e insolência.
Quando podia era atenciosa e sutil nas observações,
sob influência de seu faro felino e inteligente.
Soava de si um certo tom implacável quando insatisfeita.
Terna e meiga quando se sentia compreendida,
e sorria em seu jeitinho de criança esperançosa.
Muitas vezes a vi indócil na tarefa difícil
de harmonizar seus seres,
e considerava notável seus esforços de
se manter menina-crente em seu corpo adulto.
Numa única mulher, um conjunto de seres,
muitas vezes muito estranhos entre si.
Mas se era o gozo que chamava, os seres se harmonizavam
em consonância com a delícia e o belo.
No ato de buscar ela envolvia espera e fazer :
esperava na tolerância do lado feliz,
e fazia qualquer coisa feia quando triste e amargurada.
Seus ataques sempre visavam uma defesa,
que podia ser de si ou de outrem.
Por si, se satisfeita, não atacava jamais:
era um bichinho manso, inteligente e carinhoso.
No geral, o que percebi no primeiro encontro,
é que estava diante de uma Loba faminta,
agressiva por excelência, às vezes...
Mas em sua multiplicidade, logo se manifestava
aquele jeitinho doce, num joguinho lindo
de transmudação.
E chegava à paz que me permitia sentir o seu cheiro
forte de mulher sincera no cio, dispondo-me
sua carne suave, em um ânimo angelical e vadio.
Por derradeiro, percebi estar perante um misto lindo,
de Santa e Profana,
Assim como Maria Madalena, protegidas em suas Áureas de
DECÊNCIA ELOQUENTE,
alguma vez alegres, muitas vezes tristes.
evaldodaveiga@yahoo.com.br