Apologia à Mulher ( XXII )

Não faz o menor sentido eu me apaixonar por você,

Eu sou uma mulher casada e não posso me envolver,

Eu adoro o meu marido e os meus filhos pra valer,

Por isso eu rezo a Deus todos os dias,

Para que você tente me esquecer.

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Havia alguma coisa sutil,

Em torno do teu olhar,

De um brilho tão intenso,

Que eu não podia acreditar ,

Inspiração e poesia,

Como numa noite de luar,

A partir deste instante,

Eu comecei a me enamorar.

E se perfilado estou,

Na conquista deste amor,

Foste à faceta mais feliz,

Que o destino me reservou.

Mais do que nunca eu preciso,

Dar margem a minha imaginação,

Pois lá no fundo onde moram os sentimentos,

Quem fala mais alto é o coração.

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Quanto tempo a gente não se fala,

Quanto tempo a gente não se vê,

Parece uma eternidade,

A última vez, que eu estive com você.

Eu não consigo lembrar,

Nada do que eu deveria te dizer,

Na tua frente eu engasgo,

Fico mudo,

E ponho tudo a perder.

Em tempo real,

Teu sorriso ilumina o meu momento,

Fico um tanto desatento,

Do que se passa ao meu redor,

É quando me materializo,

E percebo que estou só.

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Nenhum amor sobrevive ao peso da culpa,

Por isso eu te peço perdão,

Eu te peço desculpas.

Eu gostaria de poder tornar as coisas mais fáceis,

Eu gostaria de não poder te mentir,

Eu gostaria de te contar toda a verdade,

Eu gostaria, mais a mentira é um pretexto,

E ela faz parte de mim.