Amor que não morreu

Amor que não morreu

Vanderli Granatto

Teu meigo olhar diz tudo que quero saber.

Leio enrubescida, quanto é belo esse querer!

O desejo neles contido, embaraçam-me.

Constrangida, paralizada fico, diante desse igual prazer.

Desvies teu olhar, afaste-os dos meus, se paralisada estou, desviar os meus, não vou.

Não consigo separar do olhar, esse desejo que me condena

e com ele vou morrendo sedenta desse amor escondido, dentro do peito.

Seus meigos olhos dizem me fitando, que o amor é a coisa mais pura ,

que podia acontecer.

Ah, olhos límpidos e serenos me tiram a paz, desnudam minh'alma, deixando-me incapaz de quebrar a corrente, do elo que nos une.

Desvies teu olhar, se fores capaz.

Esta ligação é tão grande, mas tão longe do alcance, deixemos esse caso para trás.

Já que há muito nos deixamos, esqueçamos que nos amamos um dia.

Sabemos agora que a infelicidade bateu em hora errada em nossa porta e a acolhemos, sem muito pensar.

Retornes ao seu presente, que retornarei ao meu.

A saudade por enquanto será companheira, confidente dos sonhos em comum.

Quem sabe um dia, nem que seja que seja na eternidade, uniremos nossos lábios e cantando os anjos abençoarão este belo e grande amor que não morreu.

Vanderli

10/08/2008

00:30hs

Botucatu/SP