Fragilité
Fragilité
" Vie à laquelle nous aspironms comme la paix dans la fatigue" ( Fragilité)
***
Poderia escrever os versos mais tristes,
mas deixo-me levar pela certeza incerta de que,
ao amanhecer,
as palavras seriam como folhas secas
e
s
p
a
l
h
a
d
a
s
pelo jardim florido.
Corro meus olhos ao redor,
em busca de algo capaz de firmar minha âncora,
enquanto
d
e
s
l
i
z
a
l
e
n
t
a
m
e
n
t
e
a caneta pelas folhas virgens do caderno.
Não há sedução.
Apenas o ritmo compassado,
o velho hábito
de desafogar o coração, sossobrado de interrogações,
nas silenciosas folhas de um caderno..
Poderia ler IMENSOS textos,
decorar poesias,
queimar cartas antigas
ou me emocionar ao ver fotos e albuns com aroma de naftalina...
Por que o novo assusta?
a
i
u
g
Quero ser á
levantar vôo e não ter que retornar ao ninho,
mas eis que me aguardam os passarinhos.
Será tempo de trocar de penas,
ferir com próprio bico a pele em busca de renovação?
Afinal, sou águia ou fênix?
Indagações de um solitário coração que se descobre no
BEIRAL.