Temos pouco tempo, para sermos só isso

Um tom marcante marca as idas e vindas,

Uma viagem pelos guetos da existência

Um molde de insistência, ainda prevalece

O poderoso, o fraco, o rancoroso o franco,

A sombra de mim carrega meus atos

E minha cabeça pesa como dois mundos juntos, numa balança sem aferidor

E a ferida da dor é querer fazer do nada, tudo.

Prevaleça intacto como uma coluna feita de um mineral raro,

A complacência sai caro,

Cubra com o capote dos seus recursos,

Um dia, esse dia esperado chega inesperado,

Vozes, acalento, um sorriso e um invento,

Quando me acionar estarei sempre atento.

Viva como uma formiga que carrega seu dia nas costas

Um fardo, um fato, uma folha, um escrito

Um rito que sai do ventre

E cá entre nós

Ainda vivo.

Passe forte por tais caminhos, sem passaporte

Renove aquilo que comove

O ser estático não vive como o que se move.

A maior recompensa é só pra quem pensa,

Goste mais não esgote,

Olhe para trás e veja que ainda tem alguém para chegar,

Divida um pouco, do pouco

Temos pouco tempo, para sermos só isso.

Rommyr Fonttoura
Enviado por Rommyr Fonttoura em 07/08/2008
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