Temos pouco tempo, para sermos só isso
Um tom marcante marca as idas e vindas,
Uma viagem pelos guetos da existência
Um molde de insistência, ainda prevalece
O poderoso, o fraco, o rancoroso o franco,
A sombra de mim carrega meus atos
E minha cabeça pesa como dois mundos juntos, numa balança sem aferidor
E a ferida da dor é querer fazer do nada, tudo.
Prevaleça intacto como uma coluna feita de um mineral raro,
A complacência sai caro,
Cubra com o capote dos seus recursos,
Um dia, esse dia esperado chega inesperado,
Vozes, acalento, um sorriso e um invento,
Quando me acionar estarei sempre atento.
Viva como uma formiga que carrega seu dia nas costas
Um fardo, um fato, uma folha, um escrito
Um rito que sai do ventre
E cá entre nós
Ainda vivo.
Passe forte por tais caminhos, sem passaporte
Renove aquilo que comove
O ser estático não vive como o que se move.
A maior recompensa é só pra quem pensa,
Goste mais não esgote,
Olhe para trás e veja que ainda tem alguém para chegar,
Divida um pouco, do pouco
Temos pouco tempo, para sermos só isso.