Dois amantes à Baudelaire
Dois corpos se desfazeram em retalhos naquele início de tarde
quando o vento já movia os galhos de um outono que ardia a nostalgia de uma paixão perene.
Enquanto a arte mantinha a chama acesa, coloram sobre a mesa versos ressoantes para os pensamentos se manterem vivos.
Juntos, desapodreceram frutos caídos das árvores e desarmargaram o féu das dores das saudades em delícias de sentimentos que pairaram diante da cena de dois amantes se embreagando de vinho, de poesia e virtudes.