VERDADEIRO LAR
Beija a flor molhada de orvalho,
o beija-flor,
alimentando sua breve vida,
e assim vejo a brevidade de nossa vida,
que um dia tem carinho e em outro a tristeza,
um dia veste-se de raínha, para no outro,
do negro véu da dor.
Mas na luz ou no breu das horas,
é tão curta e fragil a existencia,
que o amor pode ter sobrevoado voce,
e a angustia te cegou a visão.
Como as aves que voam em longas jornadas,
para enfim encontrar seu lar,
nascemos e vivemos em busca da eternidade,
apesar dos amigos, dos amores, de todo sofrimento,
de toda a felicidade, a nossa casa não é aqui,
e assim voamos nessa longa jornada para o nosso
verdadeiro lar.