Tristeza marginal

Desejo a arte salvadora

Que me resgate do abismo

Da tristeza clandestina

Da tristeza que não se

Identifica

Mas que se faz íntima

Pela freqüência que

Me assalta

Marginal

Quer minha vida

Pra ela

Me amarga a boca

Embaça minha visão

Contrai minhas entranhas

Mas não quero que

Tu tristeza,

Me queiras

Meu ser já tem dono

e nestas linhas te desfaço.