Apenas de amor
Eu nasci com sentimentalismo de sobra. Quem julga pela capa não diz. Mas Eu sei. Só Eu sei o quanto Eu quero. Quantos são os meus desejos. Necessito de paixão. Sentir-me amado.
E nessa desproporção entre dar e receber, acabo por não me atrelar a ninguém. Sinceramente, Eu não consigo. É muito forte a lascívia em minha alma. Quero preencher um vazio que não tem explicação. E me perco no egoísmo.
Meu egocentrismo não me prende a ninguém. Meu amor é de todas. Todas têm o meu amor. Mas ao mesmo tempo, pergunto-me: “Não é egoísmo das outras quererem me prender a somente um Amor?”.
Como Eu - uma pessoa maravilhosa - posso vir a ser de uma só? Logo Eu, que me disponho a oferecer tudo o que é de mim. Peça atenção, carinho, sexo e paixão que Eu dou. Eu sou fornecedor daquilo que me sacio de cada uma. Apenas de amor.