Vida de uma prostituta
Nas esquinas de grandes avenidas transitavas,mini,botas
coloridas,coxas amorenadas, seios à mostra,rebolavas.
Carros passavam em velocidade em direção ao centro para
mais uma noitada na cidade,e buzinavam.
Alheia aos sarros,buzinas e palavrões,rebolavas.
Teu cotidiano é a noite,qual mariposa em busca de luz.
Neon,lua cheia,algazarras,este é teu mundo,tua farra,teu
ganha pão,então rebolavas.
Vez ou outra estaciona um carro,és abordada...
- bebum inútil e safado.
- velho maconheiro desgraçado.
- executivo viado.
- garotos pretendendo fazer amor de graça,porqueiras.
- moço acanhado,bem trajado,convite aceito.
Já no apartamento,muitos amassos,beijos e passadas de mão.
O moço trêmulo,tímido tira tuas e suas vestimentas,mas
chegado o momento...broxa,e treme,e afrouxa.
Filhinho de papai de orgulho ferido,abre a gaveta da
escrivaninha. Silêncio fatal. Bandido.
Foi só um tiro,já não rebolas,mulher encantada,estás
morta.