Apologia à Mulher ( X )

“Explosão de violência contra a mulher”

Verdadeiras explosões de violência contra as mulheres sempre aconteceram nas guerras. Vítimas contumazes da brutalização dos soldados invasores, as mulheres sempre sofreram a violência dos estupros. Meninas jovens, muitas delas quase crianças, passando pelas mulheres adultas e algumas outras idosas sempre serviram de banquete para os conquistadores. Muitas ficaram marcadas para sempre pelo estigma da gravidez indesejada.

Algumas se ofereciam e se deixavam violentar para protegerem suas famílias ou para poderem saciar a fome.

Muitos dos soldados brutalizados pela guerra em si acabavam se envolvendo e entrando nesse clima, anestesiados pela bebedeira ou utilizando-se de outros recursos entorpecentes.

O fato é que as mulheres e as crianças indefesas sempre acabavam pagando a pesadíssima conta como ocorre até hoje, nos países que estão em conflito.

Saindo um pouco do tema guerras, podemos descrever, sucintamente, a atividade lucrativa da exploração sexual, onde a mulher se prostitui de uma maneira quase escrava, gerando lucros fabulosos para uma máfia muito bem estruturada em todo o mundo.

E finalmente para destacar que, de todas as atrocidades cometidas contra a mulher, a mais grave e repugnante é aquela em que ela é seviciada de uma maneira nojenta e ameaçadora contra a sua vontade.

Todo maníaco-tarado que comete tamanha violência contra uma mulher deveria ficar isolado e trancafiado pelo resto de sua vida, em cela de máxima segurança, até que a morte viesse buscá-lo para levá-lo para os quintos dos infernos.

Se existisse punição tão severa como esta, garanto que muitos casos de reincidência destes não aconteceriam.

Os instintos animal-destrutivo destes maníacos conseguem aniquilar e anular a vida de uma vítima indefesa. A violência perpetuada na alma dói mais do que a dor física.

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“Três em um – Preconceito, Opressão, Discriminação”

Existe um forte pragmatismo no mundo, secular pela sua existência, que perdura até os dias de hoje, onde o fanatismo religioso, indiferença dos governos e de uma sociedade machista alienada, acaba impondo regras rígidas na condenação do aborto.

O aborto simples praticado pelas mulheres por uma motivação peremptória de se desfazer do filho que está vivo em seu ventre deve ser condenado com veemência por todos.

Mas aqueles abortos forçados, levados pelas circunstâncias contraditórias que a adversidade da vida acabam lhe impondo, tais como: vítima de estupro, fetos com problemas degenerativos graves sem chances de sobrevivência após o nascimento, estes sim deveriam ser amparados por uma Legislação que desse a mulher o direito de decidi-lo fazer ou não.

Por outro lado discriminação e preconceito, de mãos dadas, se fazem também presentes na vida da mulher, quando ela se depara na sua vida profissional com um concorrido mercado de trabalho, disputando com o homem cargos com remunerações inferiores daquelas que são pagas a eles, para executarem a mesma função. Preconceitos arraigados, quanto à presunção de uma possível gravidez, acabam alijando ou reduzindo as possibilidades da mulher de entrar nesse disputadíssimo mercado de trabalho.