Mesmo em Revolto Mar.

Mesmo em Revolto Mar.

Sem cobranças ou exigências ela o ama e o quer bem como tão bem a si mesma quer, e desta forma é feliz.

Aquele é o seu homem e ao mesmo sem rodeios, pudores e preconceiros, como mulher se entrega.

Ela o sente carne de sua carne, ossos de seus ossos e neste seu sentir, a cada minuto que existem, mais se aprofundam um no outro, com o outro e para o outro.

Ninguém lhe entende os sentimentos. Como louca é tida, mas isso não a incomoda. Pelo contrário, um sentimento de piedade lhe aflora no peito. Piedade e complacência por aqueles que ainda não têm alcançado e nem compreendido a plenitude de se estar amando.

Ela bem sabe, agora de fato sabe que amar é estar em calma e serenidade para poder ouvir os tons suaves e delicados que emanam da alma e que vão compondo melodiosa canção.

Para ela, amar é ter a sabedoria de olhar para além do objeto de amor, como também para o interior do objeto amado e captar o máximo possível seus sentimentos e emoções e permitir que valorosas lições lhe sejam acrescidas ao viver.

Esta mulher ama de uma forma plena e profunda como jamais alguém pensou ser possível amar e não tem medo disto, pois compreende que o amor liberta, eleva e enleva.

E uma vez conhecedora disto, segue seu viver amando a este homem até quando lhe for permitido amar, com a certeza de que quando não mais o for, mesmo que lágrimas lhe turvem os olhos e a dor lhe sangre o peito, desesperar não é preciso; pois amar também é, mesmo em face a um revolto mar, conduzir a nau do viver com firmeza e tranquilidade.