"A MANHÃ"
Olhei para fora. Da minha janela, a janela de meu quarto, via que o dia estava azul, desses azuis que doem na vista - ofuscam. Caso fosse uma pintura em tela, diriam que estava um azul chapado, caipira...
Será que ser algo meio caipira é mesmo feio ou errado? Hummm...
E aquele sol todo se esparramando sobre tudo de um jeito meio luxuriante? Eu, meio amarga como estava, exclamei :- "Que desperdício!"
Antes de completar esse raciocínio, outra imagem me feriu a retina com aquele verde vindo de todos os lados, exuberante e generoso, parecendo se oferecer a todos, sem se preocupar com classe social, com cor ou credos.
Nossa, pensei ainda, pra que tudo isso? Daria pra melhorar o ar de uma cidade inteira. Ainda assim, respirei mais profundamente, mesmo a contragosto. Uma leveza me pegou logo em seguida. Fazia tempo que não parava para ouvir minha própria respiração, acelerada e superficial...
Então, abri meus olhos novamente e as vi ali - as flores. Por deus, uma profusão delas, muita cor, tudo esbanjando beleza. Cada uma única em seu formato. Eu já as vira tantas vezes que não mais as via de fato. A rotina...o corriqueiro.. o cotidiano desprezado... Mas, 'o falar' da rosa do 'Pequeno Príncipe' nunca sai totalmente de nossa memória: "Sou única porque sou amada e cuidada por você"... e eu quase me esquecera disso...
Naquele momento, meu dia ficou colorido e achei que a divindade me havia dado mais do que merecia e eu não via, mais do que muitos jamais terão por toda a vida deles - e muitas pessoas poderiam desejar o que eu quase rejeito, em minha melancolia e ingratidão.
Penso que muitos poderão estar na mesma situação, entediados, indiferentes ou tristonhos, e por isso escrevo isso aqui. Talvez eu até me esqueça de novo amanhã, mas hoje não! Hoje eu reverencio o que sempre amei - a natureza e sua beleza infinita e generosa. Seu esplendor!
Eu parei naquele momento e disse em voz alta, para o éter: Obrigada, Senhor! Perdão. E, de um modo bem pessoal e comovido, eu soube que a compassiva divindade me ouvira e me aceitara. Como sempre!
***
Silvia Regina Costa Lima
23 de julho de 2004
**Foto tirada por mim da janela de meu quarto.
Presente de amiga
25/07/2008 22h39
Olhei para fora. Da minha janela, a janela de meu quarto, via que o dia estava azul, desses azuis que doem na vista - ofuscam. Caso fosse uma pintura em tela, diriam que estava um azul chapado, caipira...
Será que ser algo meio caipira é mesmo feio ou errado? Hummm...
E aquele sol todo se esparramando sobre tudo de um jeito meio luxuriante? Eu, meio amarga como estava, exclamei :- "Que desperdício!"
Antes de completar esse raciocínio, outra imagem me feriu a retina com aquele verde vindo de todos os lados, exuberante e generoso, parecendo se oferecer a todos, sem se preocupar com classe social, com cor ou credos.
Nossa, pensei ainda, pra que tudo isso? Daria pra melhorar o ar de uma cidade inteira. Ainda assim, respirei mais profundamente, mesmo a contragosto. Uma leveza me pegou logo em seguida. Fazia tempo que não parava para ouvir minha própria respiração, acelerada e superficial...
Então, abri meus olhos novamente e as vi ali - as flores. Por deus, uma profusão delas, muita cor, tudo esbanjando beleza. Cada uma única em seu formato. Eu já as vira tantas vezes que não mais as via de fato. A rotina...o corriqueiro.. o cotidiano desprezado... Mas, 'o falar' da rosa do 'Pequeno Príncipe' nunca sai totalmente de nossa memória: "Sou única porque sou amada e cuidada por você"... e eu quase me esquecera disso...
Naquele momento, meu dia ficou colorido e achei que a divindade me havia dado mais do que merecia e eu não via, mais do que muitos jamais terão por toda a vida deles - e muitas pessoas poderiam desejar o que eu quase rejeito, em minha melancolia e ingratidão.
Penso que muitos poderão estar na mesma situação, entediados, indiferentes ou tristonhos, e por isso escrevo isso aqui. Talvez eu até me esqueça de novo amanhã, mas hoje não! Hoje eu reverencio o que sempre amei - a natureza e sua beleza infinita e generosa. Seu esplendor!
Eu parei naquele momento e disse em voz alta, para o éter: Obrigada, Senhor! Perdão. E, de um modo bem pessoal e comovido, eu soube que a compassiva divindade me ouvira e me aceitara. Como sempre!
***
Silvia Regina Costa Lima
23 de julho de 2004
**Foto tirada por mim da janela de meu quarto.
Presente de amiga
Vim beber dessa luz à janela
repleta de signo essencial
que ao natural, cúmplice e bela,
reflete uma estação ideal.
~*~ Nada não, só uma tentativa de versinhos de nove sílabas
para te dizer o quanto gostei dessa janela essencial.
Beijos, Meriam
repleta de signo essencial
que ao natural, cúmplice e bela,
reflete uma estação ideal.
~*~ Nada não, só uma tentativa de versinhos de nove sílabas
para te dizer o quanto gostei dessa janela essencial.
Beijos, Meriam