Pedaços de um coração em prantos

(O quê fazer?)

O certo é esquecer o que se passou

e tentar um novo recomeço.

Mas o meu momento é de dor

e já não quero vivê-lo mais

Não tenho escape,isso foi o que me restou no fim.

(O fim)

Penso que nenhum amor deveria chegar ao fim,

porque a idéia do fim não cabe no amor

E quando ele chega nossos sonhos se despedaçam, viram pó.

(Os sonhos)

Ainda quando fecho os olhos tenho nítida

em meu corpo e mente a sensação

do teu toque, tua pele, e não consigo evitar,

as lágrimas rolam sem permissão ou

controle, me lembrando que eu já sabia

que o fim iria chegar e nem preciso de sonho!

(Os olhos)

A melhor lembrança que tenho dos teus olhos

é de quando surgia como em face de um espelho

a minha imagem refletida neles.

E nesse ponto não nego, como me sentia desejada!

Me via como nunca um espelho havia me mostrado:

em forma de sonho, na forma que só os teus olhos

eram capaz de mensurar.

(Você)

Como eu te quis!

Como me entreguei!

Como eu te amo!

De uma maneira inexplicável e incompreensível,

já não me vêm idéias para que eu o possa descrever.

(É pena!)

Que pena que esse amor não ultrapassou a barreira do teu ser,

teu coração parecia impenetrável!

(E eu?)

Bom,

Agora terei que me despir dos meus sonhos

e abdicar do meu amor, e em troca , viverei

a realidade que sempre odiei em nome da

coerência ou melhor, em nome da tua integridade ou

imagem de bom moço.

Para mim já não há nada de bom em você.

Nessa história você foi o único vilão.

Não podemos culpar o medo ou as malditas obrigações

de um homem visado, isso são apenas os artifícios que

te permitem manter alguma concretude nos teus argumentos.

(O hoje)

Será vivido por mim com pleno ceticismo e uma falsa

igenuidade.

Não mais deixarei que o amor me invada sem convite,

antes pedirei licença ao meu coração para que tal

insensatez não o maltrate.

Porque foi por uma destas que hoje vive ele

sangrando discretamente sem eira nem beira,

nem chão.

O trancarei a sete chaves e as jogarei nas profundezas do mar,

para que nunca mais outra desventura dessas o

leve à naufragar em prantos.

Miss Angel
Enviado por Miss Angel em 23/07/2008
Reeditado em 17/02/2012
Código do texto: T1094230
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