A Lua em Cabreúva
E então, ver a Lua toda assim, desnuda; feito tímida aparição irradiar esta noite fria; depois deitar recostada na rede, sentir o gélido vento tocar minha face, hum que arrepio! Resmungar ao tempo, sem remorso, a minha demora; e sem delongas, pedir extenso desejo de permanecer ali, deitada na rede, assistindo ao despir sensual, daquela que por tempos e tempos foi minha companheira inseparável, até o cair da madrugada.
•Faço da vida um jogral, canto-a sempre, e àqueles que querem me sentir, sintam-se convidados a integrar-se neste meu canto à Lua.
Cabreúva, Julho de 2008