METAMORFOSE CAMUFLADA
Sem querer dizer aquilo que não precisa ser dito, ela justifica: Já é muito bem sentido! Resplandecido na face de quem melhor sabe demonstrar tantos sentimentos, necessidades, faltas...
Que triste não poder enganar a si e a todos.
Triste ser aquela que tão facilmente faz brotar na voz, no jeito, aquilo que tenta esconder, de quem não entende o porquê!
E através das lágrimas, da expressão facial e das atitudes, sem querer, faz com que percebam a maldita necessidade!
E quanta necessidade! De que? Insana!
Mudar? Quem? Pra que?
Não adianta, pessoas não mudam assim, jamais mudarão. Nem devem!
Não vale a pena, não salva, não cura... Só arruina.
Chega de fantasmas, chega de criar, chega de inventar, chega de sonhar, de querer o que não se tem, de mudar o que não se muda.
Aceitar é o verbo, o verbo da sonhada paz. A paz de não carregar a necessidade de mudar, de ser o que nunca foi. Sejamos o que somos, e o que sempre fomos! Se ainda assim não suprirmos a necessidade, aquela que só ela sabe qual é, aí sim...
Feche a janela, abra a porta, suba no muro, se jogue ou espere... E apenas chore.
Ai que bom seria mudar.... se assim fosse, do dia pra noite.