Vi-te, apenas
Vi.te. Olhei para as árvores, para as folhas humedecidas pelo orvalho da manhã e vi.te, simplesmente. Olhei para o azul do céu, para o puro ar que respiras, para o Sol que ilumina claramente todas as nossas manhãs e Vi.te, simplesmente. Impávido e sereno, como se tudo o que te rodeia não importa-se. Imóvel, destemido. Nada importa.
Olhei para mim e tu não estavas lá, apenas um quarto vazio habitado por uma solidão branca de escuridão.
Eu quero ajudar-te, deixa-me ajudar-te pois só assim é que te poderei ter, apenas assim tu me pertencerás e serás realmente alguém: completas-me. Tu completas-me: uma verdade intensa e dolorosa, sim, tu completas-me. Sim! Uma falsa e perfeita certeza que quando encarada pelos nossos mundos cuidadosamente manchados de cinzento, torna-os transitoriamente cor-de-rosa, talvez manchados levemente por um forte vermelho de presumível paixão: o teu corpo no meu, a tua existência na minha, uma fusão de almas, mas um eterno senão: será apenas um bom sonha passageiro? Esta dúvida que nos rodeia, que perturba e acalma simultaneamente, não passa disso: uma dúvida infinita que perdurará para todo o sempre, até ao verdadeiro Fim. Mas o que será deveras a verdade?
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(agradecia que os comentários fossem colocados no blog (: )