Admiro o vento, mas torço pela vela

A vela acesa dança com suas labaredas enganando os tons do vento, incolume resiste a adversidade, e nós humanos, será que somos mais forte que uma vela acesa?

transfigure sua voz em tom veloz,

distante de mim, a distancia entre mim e o que ainda não sou

mas ainda serei, o que ainda posso ser;

uma pedra quebrada, um casco de tatu, um verso ou uma fala

um meio ou um inteiro.

Admiro o vento, mas torço pela vela,

A morte que descança onde o mais vivo não alcança.

Uma luz, um brilho, uma criatura acesa;

um foco do caminho, um palco no destino,

Estar vivo não é evitar os mortos

e estar morto não é evitar os vivos,

a vela ainda resiste e insiste em iluminar as crituras que um dia se tornarão acesas.

apesar de admirar o vento, ainda torço pela vela.

Rommyr Fonttoura
Enviado por Rommyr Fonttoura em 18/07/2008
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