Teatro de Sombras
São sombras que vagam, vacilam no ar
Tremeluzem sem rumo, sem ter aonde chegar.
Passos a esmo, sorrisos à toa, olhares além de mim.
Tudo, por fim, espelha mas não retorna (para ser reparado).
Atitudes minhas, e as tuas, não voltam ao passado.
Teu pensamento feito, o meu realizado, são caminhos escritos.
Eles estarão pintados nas cavernas do tempo
Na roda da vida, em um turbilhão, a história ecoa ao vento
Quando o mundo gira, e a brisa sopra...
Onde estou, quando vou, e o que sou. Você decidiu sem saber.
O que és, quando és, e o porquê. Eu escolhi sem querer.
No véu das letras, nas entrelinhas do olhar.
Fico nas sombras, pra te enfeitiçar. Naquela mesma dança
Eu lanço a magia, e és tu que me encanta.