FOLHAS ESVANECIDAS

Sob a arcada do céu dos sentidos

move-se a vida.

Estrelas sem rosto, desgastados abraços,

falas que não mais preenchem os espaços.

Anoiteceres ao largo,em passos desanimados,

tudo se move como se fosse um jogo de dados.

Não... chega de repente, aquele último gorjeio,

de onde veio agora?

Não sei.... a vida lá fora é estranha.

A vida aqui dentro é ardente e insana.

Pausa...a janela fala coisas que não

compreendo. Desaprendo de viver.

Olho a imensidão. Tombando folhas,

verdes, amareladas, esvanecidas.

Mas ainda tudo o mesmo chão.

Indícios de longo inverno....

(seria, talvez, eterno?)

dentro do (conscientemente segregado)

- coração.

Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 17/07/2008
Reeditado em 15/01/2009
Código do texto: T1085532
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