FOLHAS ESVANECIDAS
Sob a arcada do céu dos sentidos
move-se a vida.
Estrelas sem rosto, desgastados abraços,
falas que não mais preenchem os espaços.
Anoiteceres ao largo,em passos desanimados,
tudo se move como se fosse um jogo de dados.
Não... chega de repente, aquele último gorjeio,
de onde veio agora?
Não sei.... a vida lá fora é estranha.
A vida aqui dentro é ardente e insana.
Pausa...a janela fala coisas que não
compreendo. Desaprendo de viver.
Olho a imensidão. Tombando folhas,
verdes, amareladas, esvanecidas.
Mas ainda tudo o mesmo chão.
Indícios de longo inverno....
(seria, talvez, eterno?)
dentro do (conscientemente segregado)
- coração.