PERDÃO!
PERDÃO!
Desculpe-me por não ser o que você sempre quis,
Desculpe-me se as minhas palavras por sempre são ácidas,
Desculpe-me se perdi o posto de “seu melhor amigo”
Desculpe-me se não me tens com orgulho e amor,
Desculpe-me se nossos momentos clássicos agora se juntam em pequenos filmes,
Desculpe-me não poder editar somente os momentos bons, aqueles que você sorria,
Desculpe-me se momentos de prazer, como correr e nadar se contrasta com meras repetições desprazerosas de momento,
Mas afinal o que são momentos?
Desculpe-me se há tempos não escrevo pra você,
Desculpe-me se há tempos não massageio você,
Desculpe-me se há tempos não a deixo perceber que você é minha única prioridade,
Desculpe-me se meus beijos não mais a intrigam, se meu abraço perdeu o ardor,
Desculpe-me se de momento a deixo perder a excitação,
Mas afinal o que é tesão, excitação?
Desculpe-me pela minha ira, e por despertar a sua,
Desculpe-me pelo meu amor sem cor,
Desculpe-me pela falta de compreensão em atenuados momentos,
Desculpe-me pela falta de atenção quando mais o que você queria era um abraço e alguém a seu lado,
Desculpe-me se até agora não estou sendo digno de merecer todo o seu amor,
Desculpe-me pelo espírito aventureiro que tenho, pelo contraste que aparenta termos, uma vez que somos “quase iguais”,
Desculpe-me pelo beijo não dado, pelo prazer não alcançado, pela palavra de conforto comprimida no meu eu,
Desculpe-me pelo afago afogado, pelo sim desprezado, pelo não no tempo errado,
Mas afinal o que é errar?
Desculpe-me por ser tão ausente, por ser diferente, por ser feio, intransigente,
Demente, aparentemente displicente, se de apoiar lhe concedi tortura, palavras duras de realmente doer,
Desculpe-me por exaurir um sentimento em ti: o de não querer me ver,
Desculpe-me de fazer doer, de não compreender que o que faz por mim não é dever e sim prazer, perdão por não perceber,
Mas afinal o que é o perdão?
Infelizmente não sei dizer, compreender e entender...
Só sei pedir, portanto...
Perdão, desculpe-me, por não ser o que realmente você quis, sonhou, projetou, e pediu ao papai do céu com tanto ardor, mate essa dor que exaure o seu peito e o meu, dê a chance a nós dois de um novo recomeço, o recomeço de tolerar e aceitar certas diferenças, pois não se forma um só corpo pessoas iguais em tudo, as diferenças fazem parte da união, assim como o imã que aprendeu a aceitar o avesso pra se tornar um só, é o que devemos fazer...
Desculpe-me...
Desculpe-me...
E num só grito lhe peço:
PERDÃO.