Sem coragem

Prólogo: sem coragem e na falta da luz dos fatores morais, nenhum problema da vida humana se resolverá satisfatoriamente.

Entre palavras me perco, querendo achar um motivo... sem contrariar, prometo cautela para teu tempo. Nas oportunidades que tenho de te falar, fico por vezes dialogando, desabafos incontidos soltando, a desatinar enfado, causando risos, às vezes, excitações pueris.

Quantas vezes percebi teu silêncio prolongado, entendo ser mais do que justo que procures outro alguém mais interessante, mais verdadeiro, menos volátil, mais humano, menos devasso, mais ordeiro, mais recíproco, confiável, quem te aqueça as mãos.

Sem jeito e sem graça, nesses momentos me atropelo, me embaraço em conflitantes pensamentos. Mesmo não querendo preciso dizer adeus, até nunca mais, boa madrugada, bons sonhos, complemento de anseios, boa menina, bem-amada, boca de veludo e olhos melífluos a quem mais desejei em companhia de uma eternidade ebúrnea, sem medos ou culpa, poupando coação, constrangimentos mil, evitando tua candidez macular.

Ficando apenas com a certeza de que foi gratificante sentir tua presença, teu perfume, teu carinho, tua candura, tua paz no universo real e virtual, confesso-te em pensamentos escritos na timidez do momento: Sinto uma alegria inexplicável ao saber que estás conectada em sintonia espiritual.

Queria apenas e tão somente ter coragem para dizer doidas loucuras,

ditames de um coração exaltado, abafando o soluço seco, reprimido.

Confesso: Preciso de ti, embora esteja apenas sem coragem de falar.