Declaração de amor II
Hoje você começa a galgar os degraus do Paraíso enquanto eu permaneço aqui entre as árvores sombrias e monótonas condicionado a nunca mais sonhar. Minha imaginação fecha-se para o real e minh'alma cria outros universos. Não cria, mas recira. Recria você no meu universo, meu infinito particular.
E ainda assim ouço música em você, compro livros, bebida e comida em você. E vôo sob suas asas, atrás dos seus olhos, dentro da sua carne. Lembro coisas inúteis, esqueço dos sonhos despertos.
Amargo e Doce, Triste e Feliz, Bom e Ruim. Fecho os olhos enquanto meus braços estão abertos. Ando devagar enquanto o coração tem pressa. São déja vu inéditos e clichês originais. E vivo na antítese de tudo, vivendo de um extremo ao outro entre o amor e a dor.
E quando passar por aquelas ruas, lembre-se de mim, se impossível. Porque eu só sei ser assim.