PARECER SOBRE A MATURIDADE.
Parecer Sobre a Maturidade
Parece que somente na maturidade aprendemos sobre a vida.
Aprendemos a esperar e apaziguar em nós mesmos a volúpia.
O amor parece ter outro fim e conteúdo.
Surge calmo, integrador e doce, como uma fruta colhida no tempo certo.
Os ciúmes ainda insistem na tabela, mas perdem forças diante da realidade.
Cada dia, cada momento juntos é tido como uma benção.
O encontro é recebido como presente de Deus, da vida sobre nós.
Na maturidade não há perdas e danos, há conquistas e realidades.
O trabalho pode ser um aliado, um alimento d'alma.
A aparência dantes tão importante pode abrir espaço para
a interiozação, para o Belo Interior.
A vida pode ser plena com toda a ambigüidade
que lhe é propícia.
Parece mais fácil ouvir a nossa volta.
Parece não temermos o futuro, porque o
futuro pode estar logo ali.
O futuro pode ser um dia após o outro.
E da morte o que dizer?
Diremos que é parte de toda vida vivida,
boa ou não.
Tememos a morte?
Sim, mas acreditamos que antes tão
inimiga, agora pode ser uma aliada,
àquela que existe para dar forma a tudo
que fizemos no passado e presente.
Àquela que chega para cada um
de nós com a linguagem da completitude,
da finitude que lhe é tão peculiar.
Parece que da maturidade retiramos
a agonia, a ansiedade dos tempos,
os conflitos.
Encontramos uma certa harmonia
em nós mesmos e em tudo que nos rodeia.
Maturidade?
Parece que é preciso chegar nela
para agradecermos estarmos vivos.
Amando, trabalhando.
Criando e desejando ser feliz ou
continuar sendo feliz.
Continuar sendo assim:
capazes de nos econtrarmos
com a alegria de viver.
Viva a Maturidade.
Viva!!!
Por Graça Costa.
Amparo,15/11/2003.