AMOR BANDIDO
AMOR BANDIDO
Não sei porque só vejo a ti.
Não sei porque fui tão longe assim.
Deixei-me levar pelos teus apelos.
Criei a ilusão que tu eras meu alado.
Que só existiria em ti, para ti.
Não sei porque foi assim.
Não sei porque fui tão ingênua.
Deixei-me acreditar na tua verdade.
Criei a certeza dos amantes solitários.
Que só um cúmplice conduz como liberdade.
Não sei porque dediquei tantas horas.
Não sei porque te esperei noites a fio.
Deixei-me envelhecer no tempo da ilusão.
Criei a luz na escuridão do teu vazio.
Que só a dor me fez companhia e senhora.
Não sei porque ainda espero.
Não sei porque ainda te vejo voltar.
Deixei-me crer na certeza do nosso amor.
Criei a esperança do pleno retorno.
Que só uma mulher plena pelo fruto pode sonhar.
Por Graça Costa.
Amparo, 05 /07 /2005.