O espetáculo


Fim do primeiro ato.
Ele sai se cena altivo, depois de incendiar
a platéia em grande estilo.
E deixando lentamente o palco, majestoso ele arrastava
seu manto de luz.
Então sem que a maioria da platéia se desse conta, entrava no palco cheia de esplendor, a imperatriz da noite,
a lua.
Com sua face dourada, as vezes prateada,
rapidamente ela era cercada de estrelas.
Em alguns dias de espetáculo, ela se apresenta à meia face ou menos, como as mulheres do Islam, já em outros dias se mostrava plena, cheia.
E foi assim, durante milhões de anos este espetáculo. Sempre belos e generosos estes dois artistas. Era como se o tempo não passasse para eles.

A entrada era sempre franca, dirá o arqueólogo do futuro,
Bastava olhar.
Mas muitos já thaviam perdido a capacidade de admirar a beleza.