EXISTENCIA
A serenidade da alma,
a fugaz luminosidade da vida,
são raios de lucidez que nos acordam,
para a sensata avaliação da nossa existencia.
Somos ínfimos passageiros do infinito,
somos ciclones sem direção,
a calma que pousa no oceano,
a virtude no momento da glória,
e a mágoa de não poder lutar.
Somos tudo, e tudo nos é,
somos um pouco das flores,
um pouco dos corais sob o mar,
um pouco do voar do condor.
Somos um pouco do que amamos,
um pouco do que julgamos,
somos as arvores e seus ramos,
o beijo roubado,
um amor abandonado,
temos um pouco de Deus,
e Deus, tudo, tudo de nós.