Julho

Sete escondido no frio da serra,

No pé da montanha, ainda no alto da nuvem,

Sete escondido no "fog", vertigem que tem origem

Nos olhos da fera que espreita a dama de branco.

O frio agasalhando a manhã, o sol que se abre em sorrisos, um raio de luz atinge a menina dos olhos e o olho verde se intensifica, pisca - pisca e chama a lua que desponta ao lado do sol.

Tem a fogueira mais alta.

A passagem para a vida mais adulta,

Uma hora para a morte,

Outra hora para a vida.

É a passagem secreta que dá boas vindas ao místico,

O leo, a fera que ruge comendo bombom,

A vaidade no ouro que exibe no peito, o topázio em lágrima

Na vida que chora...Ametista que intui o sete da sorte

Virada de vida na serra que expande horizontes.

O Julho, os anos de vida que a menina esconde,

A traça comendo o sonho de junho

Na esperança do justo, o oito desponta.

É o sete que chega

É a vida que vira,

Pedaço de bolo, uma vela, apenas um dia!