NASCER
Na solidão da manhã,
ao observar o nascer do sol,
vem da alma um sentimento,
como corriqueiro abrir dos olhos,
como o cotidiano absorver o ar.
Está em mim como uma prece,
diária e necessária.
Como poesia nostálgica,
como saudade doída.
Um sentimento que os deuses das paixões,
Omitiram-me através dos anos,
e hoje nasce em mim,
como nasce ludicamente
os aprendizados infantis, sinceros e verdadeiros.
Irão os anos, irá a vida,
mas fica a essência do ser,
o magma da alma a pulsar no amanhecer,
revelando sentimentos,
trazendo de volta a vida, subjugando mágoas,
e abrindo o coração num sorriso para o amor.