Velo pela Poesia
Havia um tempo em que o rio corria nas margens de um sorriso. Era bela a noite que caia sobre os cabelos da deusa. Iluminava o olhar das estrelas, a face da sabedoria. Em sonhos, o mar se abria para receber os beijos do divino. O sal da terra experimentava o sabor do mel..... Verde olhar, via o horizonte em chamas pelo Sol de abril. Abria mil dedos em destinos sombrios, a vela do Eu. Em cada nascer um pavio. Caminhando em sons de vento pela areia do deserto, a voz da vida e do amor, chegou aqui. E surgiu a poesia do coração. De vermelho vivo, o sangue dela corre nas veias de um paraíso. Um corpo amalgamado pelas lembranças do passado e pelas esperanças de futuro.