Epitáfio
Quando meu espectro flutuar sôbre as águas de Tuonela e as criaturas elementais se banquetearem com meus despojos,tragam-me a luz das manhãs outonais,o canto que nunca ouvi,mas,não me falem da palavra de Deus...
Cubram-me com a flôr que nunca vi,levem-me à brilhante estrêla de
Aldebarã,anunciem-me o milagre do amor universal,mas...não me falem
da palavra de Deus!
Calem os arroubos e eloquências,posto que,tudo é letra morta,tal
qual corpo inanimado que ofereço.
obs.Tuonela seria um lago onde os mortos iriam habitar.Ao longe,ouve-se-ia através do canto triste de um cisne,evocaçoes de espíritos saudosos.