SFC

Sinto uma dor no peito que não sei explicar. um choro contido, que por mais que eu tente expelí-lo com minhas lágrimas, continua lá, a me assediar.

Um choro que cresce a cada dia e me mata aos poucos. não consigo colocar pra fora, não consigo acabar com esse sofrimento. Tudo me parece monótono, tedioso, humilhante.

Lá fora, a vida prossegue com seu rumo, sem notar a menina abandonada dentro de mim; sem mimo ou esperança. No fundo sou só uma criança perdida, implorando um pouco de atenção.

Ninguém nota quando choro ou quando grito por socorro. Ninguém me estende a mão, não tenho um afago, um aconchego.

Estou cansada de tudo. meus dias passam lentamente, os segundos Parecem horas e ninguém vem.

Onde estão as pessoas que diziam me amar?

É culpa minha? se for, quero saber o que devo fazer, para quem pedir perdão. Não aguento mais essa situação. é deplorável.

Minha vidinha medíocre se extingue com o passar do tempo e assim, me desespero. nada faz sentido, nada tem um propósito. Está tudo vazio, sem forma e sem cor, num mundo em preto-e-branco ao qual não consigo me adequar.

Estou decadente. Preciso de socorro. Onde estão meus pais? Meus amigos? Meus coleguinhas?

Sou o lixo das ruas, o vômito dos bêbados. Sou a doença, a culpa, a perseguição. Sou a situação humilhante, degradante, sou a escuridão.

Vazio. Fadiga. E nada mais.

Bárbara Guerra
Enviado por Bárbara Guerra em 23/06/2008
Código do texto: T1048035
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