Estações no meu coração....

Na minha cidade não há estações, chove muito, chove sempre, Há a garoa da tarde, de todo dia, nem sempre tão garoa (às vezes rapidamente parece que o céu cai, desaba em águas).

No entanto tenho aqui um sol lindo, um céu que neste período já amanhece azul, e fins de tarde quentes, lindos por- de - sol, uma Baia que mais parece mar.

Tenho aqui razões de inspirações...

Mas as vezes me careço de estações...

Por exemplo, na minha Agenda, hoje (20/06/08), hoje já é inverno, e fico a fazer viagens...

Frio, lareiras, fondue... Namorar em baixo das cobertas... O que é melhor?

Subir a Serra juntinhos recolher-se aos carinhos de um bem, avistar de uma janela o vento forte, se chover, a música da chuva batendo , tocando em sons o vidro;

E então não querer descolar os corpos, carecer de calor, carecer dos beijos, do amor...

É verdade, não tenho serras, nem frios...

Muitas vezes só chuvas, só a chuva como companhia...

No entanto,

Nas lindas e calorosas e calorentas manhãs do sol da minha cidade, olho o céu bem azul, e logo azulesce meu coração...

Levo o rosto e os cabelos rumo ao vento e recebo da brisa os recados, os sinais, de que o amor virá... Sem dizer em que estação, então fecho os olhos e componho meus sonhos, minhas fantasias...

Viagens amorosas que ocorrem em cada estação que eu viver.

Logo:

Amarei quer seja no sol,

Ou na chuva...

Beijar-te-ei com lábios de flores primaveris,

Ou folhas do outono ao vento.

Farei amor à luz da lua, nua, transpirando,

Numa praia, numa rede atada... Bem a balançar...

E também me darei em orgasmos,

Debaixo de mil cobertas, após o vinho e o queijo...

E teu calor me acenderá...

E serei lareira em chamas...

Eu sou assim,

Do amor inteira...

Sou mesmo a flor, a borboleta,

O vento e a folha seca...

O sol a lua, e o frio, que pede abraços...