Moro na roça...
Moro na roça numa...
Palhoça o meu carro
É a carroça, me levanto,
De madrugada para a minha
Jornada é longa a minha
Caminhada, o sol vai,
Brilhando a minha estrada..
Nas costa levo a enxada...
Lá na mata a passarada...
“Cantando e dançando forro”
A minha idade já avançada...
As minhas mãos calejadas...
Quanto pranto derramado por...
Viver tão longe da minha amada...
O meu trabalho e puxado...
Tenho que trabalhar dobrado...
Para comprar alimentos,
Para o meu sustento...
Não posso comprar nem ração...
Para o meu cão de estimação...
Não me sobra um tostão...
Nem para comprar um pão...
Fui morar na cidade grande...
Não me acostumei por lá...
Perdi-me entre a multidão...
Fiquei sem rumo, sem direção,
Caminhando na contra mão...
Fiquei aflito,dormi no chão...
Falei ao meu coração, vamos,
Voltar lá pro sertão!
Aqui não posso mais ficar...
Preciso encontrar alguém...
Para me amar, esse meu,
Penar é mesmo de amargar!!!