Sétimo céu.

Naquele dia, tudo amanheceu perfeito. O sol brilhava com uma intensidade jamais vista e sentida. Ao olhar o cenário celeste podia-se apreciar deslumbrante beleza; no fundo um tom azul de brigadeiro, sobreposto por uma aquarela reluzente, tornando-o uma gigantesca obra de arte, divinal! Nos jardins coloridos, as mais variadas flores abriam-se em pétalas perfumadas, cujo aroma invadia as narinas e inebriava as almas; as árvores que compunham a bela alameda pareciam sorrir verdejantes e orvalhadas; os pássaros que entre galhos na alameda pousavam e cantavam em perfeita sinfonia, davam boas vindas ao dia e àquele lindo casal, seres muito especiais, Apolo e Vênus, que se encontravam naquela paisagem.

Tudo estava em sintonia. O sorriso emoldurava suas faces, os olhos falavam mais que qualquer palavra proferida e em sua linguagem fazia-se entender a extensão, a profundidade daquele sentimento, daquele querer.

A natureza, em toda sua exuberância, conspirava em favor de momentos inesquecíveis, de profunda felicidade. Proporcionando uma viagem pelos atalhos que a libido permeava, sem freios, sem pudores... De entrega e doação, de amor e prazer. Estar na presença um do outro, produzia uma sensação indefinível de bem estar. Tudo aos seus olhos era belo. E qualquer segundo compartilhado, era eternizado em toda a sua essência. Bocas ávidas. Corpos febris, unificados. Trilharam juntos os caminhos ladrilhados pelo querer, levando-os à altura estelar... Levitaram extasiados e assim permaneceram por todo o dia, no sétimo céu.

Cellyme
Enviado por Cellyme em 20/06/2008
Código do texto: T1043431
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