costa da morte
Serão homens a morrer e muitas, muitas vezes eu te tinha perguntado:
Quantos anos têm a luz? ... Respondem os seres que veio do mundo no fim.
E a mulher que contempla as estrelas conhece os nomes de todos os rostos.
Como aqueles que escutam vazios, compreendem a forma das coisas: sua essência.
Serão homens a pedir na ultima noite um passo entre as águas.
Muitos, a manha, hão partir em sua barca de pedra caminho as ilhas da eterna mocidade. Ali, no alem, viram as costas das praias paraíso, e rendem tributo ao sol que desce no ponto, por ultima e única vez.
Porque a historia deles já foi escrita, esquecem as verbas, e habilitam o sagrado edifício.
Outras almas ainda percorrem a rota de Bandua, de Olomoh, e chegam ate o rio Lethes no sonho de abandonar a dor no esquecimento. Passaram pela Calaika, a Terra verde da Deusa Calleh, e Briga a poderosa: o país desde onde partem os mortos a eterna ressurreição; onde Breogam o dos braços abertos recebe atento e compassivo as desfeitas do caminhante.
Os ancestros reclamarão de novo a posse da Terra, como os Deuses hão de voltar aos alteres que lhe foram arrebatados na doença de impérios que não tem piedade. E os falsos ídolos serão arrojados com o novo ciclo de sol e a vinda de aqueles que carregam as águas.
Uma era inaugura baixo o influxo de Aquário e a de chegar a nós, os que residem serenos seremos a memória do que resta ainda por vir e do começo convulso dum novo caminho ate as nuvens.
Não há degraus para subir, tampouco camisas ao vento. Como límpido será o peito dos seres que fiquem para afirmar que há povos que nunca se vendem.
Serão homens a morrer, mulheres a erguer mais filhos sobre a areia.