PARA VOCÊ...

A quanto tempo nos conhecemos?

Sei lá!

Eu vinha, você ia... Foi um encontro comum, casual.

Milhares já se encontraram assim.

Depois eu comecei a sentir algo, talvez uma saudade sem razão.

Não era tristeza, não era alegria era uma indecisão de amar você...Eu passava momentos olhando para frente, desligada, sem ver nada.

Engraçado! Olhava e não via.

Estava absorta, parada consumida por mim.

Uma verdadeira estátua em introspecção! Estava encucada com ausência que era presença.

De repente a interrogação indecisa foi evaporando e eu vi que era amor.

Você estava enquadrado no que eu queria, desde o sorriso até as lágrimas.

Você era o sim diante de todos, você era a mão certa na escalada incerta, você era o horizonte nítido, o agasalho.

E a verdade é que eu não era!

Eu não estava enquadrada no que você queria, eu era o não, não era o sorriso, não era o agasalho, não era nada.

Eu sou um ser andante, maravilhosamente invisível para você.

Mesmo que você nunca entenda, nunca compreenda a minha atitude precisava te escrever hoje, pois amanhã já não me pertence.

Me perdoa se algum dia te causei mal ou te fiz sofrer nunca foi minha intenção.

Esperei que você se decidisse, mas suas ações disseram tudo.

Talvez teríamos vivido uma grande história de AMOR...

Que se resumiu num TALVEZ!